segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A internet como ferramenta de liberdade e transformação



Vivemos no auge da informação, da interação em nível global, a internet e as redes sociais nos proporcionam uma condição jamais vista antes na história humana, em questão de minutos podemos ter acesso a um acervo que antes só era vista por um pequeno grupo privilegiado, bibliotecas como as de Londres, Nova Yorque, Roma, Tóquio, Cairo, enfim qualquer lugar do planeta (atualmente a maioria dos países disponibilizam informações na rede). Afinal de contas podemos ler milhares de livros, artigos, blogs, jornais, admirar obras de arte como pinturas de Monet, Van Gogh, Picasso, Chagall entre outros, grandes livros como as obras de Darwin, Freud, Marx, Nietzsche, Platão entre outros, grandes óperas, músicas em geral, teatro, cinema, enfim quase tudo está na rede mundial de computadores, basta ter interesse e pesquisar. Além de termos acesso a esta imensidade de informações e obras, também podemos criar nossos textos, filmes, músicas , obras em geral. Deixamos de ser somente espectadores e passamos na condição de atores. Basta uma idéia e um acesso ao computador para produzirmos o que quiser, claro com responsabilidade. Nossas ações e palavras têm vez e voz, estamos na direção da história, em questão de pouco tempo podemos sair do anonimato e virar celebridades, basta cair no gosto dos internautas e aquilo que você produzir ter inúmeros acessos. As manifestações ocorridas no Brasil em junho deste ano demonstraram um ator diferente na nossa História, as redes sociais. Acredito que as gerações anteriores sentiam as mesmas revoltas que as atuais, porém as ferramentas desta nova geração é mais dinâmica e democrática, não dependemos de uma estrutura piramidal para que as revoltas aconteçam, além disto é mais fácil para aqueles que detêm o poder romper com as revoltas na condição piramidal. Hoje as revoltas são alastradas na horizontal, as forças são distribuídas em milhares de focos, já não dependemos mais de um líder nato, como Lênin ou Che, somos todos lideres de pequenos núcleos, ao repassar os sentimentos de revolta pelas redes sociais. Esta lógica de poder descentralizado dificulta e se torna impossível para ser quebrada pelos poderosos, afinal onde está a liderança, em todo lugar e a todo momento. Todos são interligados por uma rede que vai se alastrando, quando se acha que rompeu uma parte as outras crescem e interligam novamente. Outra questão, quando há um sentimento de revolta, basta apenas um motivo, mesmo sendo algo aparentemente banal, como um preço alto em algum produto, após esta centelha, a chama se alastra e não há como prever o final, ele não tem mais volta, perde o controle e se torna uma revolta generalizada, basta um click e em questão e minutos o mundo está acompanhando, compartilhando ou repulsando imagens, eventos, acontecimentos. A chamada primavera árabe nada mais é do que este alastramento de uma revolta que estava encubada em cada um ser vivo daqueles países dominados por décadas de ditaduras. O que fez a diferença? A rede social, em poucos meses ditaduras e ditadores que antes eram praticamente imbatíveis caíram como frutas podre no pé.



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