segunda-feira, 18 de maio de 2015

A vida como ela é ou a vida que queremos aparentar ter?



Vivemos numa sociedade em que somos a todo momento avaliados. Somos avaliados por todos e  por tudo. Somos avaliados pelas nossas opções: religiosas, sexuais, músicais, as roupas, a linguagem, o que comemos, com quem conversamos, o nosso modo de andar, de falar, de agir, de cumprimentar, de questionar, de cantar, o curso que vamos fazer, as pessoas que formam nossos ciclos de amizade, nossas ações, nossa casa, nosso carro, nossos filhos ... enfim, tudo passa pelo crivo do outro.
A vida que levamos é uma vida autêntica ou somos guiados pelo outro? Vivemos com a liberdade que temos ou somos escravos da sociedade em que estamos? Somos donos do nosso nariz (como diz o ditado) ou simplesmente seguimos como uma manada a maioria? Acreditamos naquilo que realmente achamos certo ou buscamos aprovação de um certo grupo para continuarmos no caminho menos pedregoso? Lemos, assistimos e divertimos nos locais e com as pessoas que realmente temos certa afinidade ou simplesmente seguimos o protocolo? Questões polêmicas como legalização do aborto, legalização da maconha, legalização da eutanasia, casamento homoafetivo entre outros assuntos, discutimos com argumentos construidos pela nossa história ou somos levados por opniões de um grupo de comunicação dominante? Escutamos a opinião divergente ou ficamos confinados em um grupo que nos apoia? Enfim o que realmente somos ou achamos que somos?
Uma coisa é certa, é bem mais fácil nadar conforme a correnteza, ficar na superficialidade é menos traumático, não desgasta, nem precisa dedicação e tempo de estudos para debater.
Vivemos numa sociedade do espetáculo, somos pressionados a seguir a boiada, mesmo que o fim seja o matadouro.
Mas voltando no título: A vida como ela é ou a vida que queremos aparentar ter? Prefiro viver autenticamente, sem mascaras ou hipocrisias, sem preconceitos, sem mentiras, com posições firmes, sem ficar em cima do muro, mesmo que o meu posicionamento me leve por momentos de constrangimentos ou complicações. A vida é melhor quando a vivemos na sua plenitude, sem ser obrigado a dar explicações a opinião alheia. O que importa é o que penso, o que sinto, o que gosto, o que faço, os outros são apenas os outros. Lembro do filme Formiguinha Z, quando a formiga operária Z vê todo o formigueiro dançando de um forma metodica, disciplinada e ordenada, quando ela questiona que não gostava daquele geito de dançar e começou a dançar de forma diferente. Assim é a vida que levamos, temos a opção de sermos um integrante do grupo, obediente ao sistema, as normas, as leis, a moral,  a religião, a opnião pública ou simplesmente vivermos as nossas vidas com liberdade e principalmente com responsabilidade.