sexta-feira, 29 de março de 2013

A morte como sentido da vida




Envelhecer é algo esplendido e magnífico, como seria infernal a imortalidade do corpo. Já pensou o quanto seria banal todas as nossas atitudes e nossas vivências, o que seria das conquistas, se é que podemos utilizar este termo no caso de uma vida sem fim, e o deixar para depois, já pensou? Que depois? Afinal não existiria a finitude, a pressa ou a lentidão. Para quê? Qual seria o sentido da vida? Afinal teria sentido? Planos? Projetos?
O verdadeiro sentido de nossas vidas está na sua finitude, somente os seres humanos sabem que irão morrer, isto nos proporciona uma vida plena e autêntica (pelo menos é o que deveria ser).
Infelizmente não sabemos lidar com a morte, nossa sociedade está a cada dia se distanciando das discussões sobre este tema, como seria bem mais aproveitoso nossas vidas se este assunto não fosse um tabu.
A sociedade contemporânea busca no prazer rápido seu combustível de vida, mas devemos lembrar que o corpo se deteriora com o tempo, por isto temos tanto medo de envelhecer.
A nossa sociedade coloca ênfase no culto somente do corpo, afinal é quase sagrado ter um corpo "perfeito". Ser jovem e novo é algo que a maioria não mede esforços para pelo menos tentar parecer que estão conquistando, ou adiando a velhice. Quanta tolice, torna se algo patético e ridículo, pessoas que estão em idades avançadas vestindo e querendo viver como adolescentes. A maturidade não está em quantos aniversários comemoramos, mas na vivência plena e autêntica. Claro que isto não quer dizer que devemos deixar de lado a saúde do nosso corpo, mas também nos preocuparmos com a saúde de nossa mente, afinal é humano e a nossa diferença com os outros seres vivos está justamente na capacidade de utilizar nossa inteligência para superarmos nossa condição de um simples mamífero com instintos selvagens.
Um filme que marca esta idéia é "O clube da luta" de David Fincher com Brad Pitt, Edward Norton (1999). A obra acima é de Salvador Dalí (A persistência da memória).



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